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Além das quedas e fraturas, depressão do idoso solitário preocupa Sociedade de Ortopedia

Publicado: 01 de Maio de 2020

Os milhões de idosos que estão vivendo sozinhos por causa da quarentena precisam encontrar atividades para preencher o dia, se exercitar mesmo em casa, evitar quedas, mas, principalmente, evitar a solidão, seja conversando pelo celular, seja trocando mensagens pela Internet.

Essas são as recomendações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, cujos 14.000 associados estão preocupados com a clientela idosa, que atualmente não pode sequer ter consultas presenciais com seus médicos, com quem só falam pelo telefone.

Para Lindomar Guimarães de Oliveira, do Comitê de Osteometabolismo Ortopédico da SBOT, “o leigo se preocupa muito com a osteoporose e o risco do idoso sofrer uma queda e uma fratura”, mas o objetivo do médico é mais amplo, “garantir uma boa qualidade de vida mesmo que o idoso esteja só e sem poder sair do apartamento, evitando o sofrimento da solidão”.

O ortopedista, que organizou a ‘Jornada Multidiciplinar do Idoso’, em Goiás, orienta o responsável por um idoso a deixar uma lâmpada fraca acesa durante a noite e retirar tapetes que possam causar escorregões, quando o idoso se levanta à noite para ir ao banheiro. É importante insistir no banho diário, em se vestir para não passar o dia de pijama, o que deprime e, se possível, tomar um pouco de sol no terraço do apartamento.

O problema que afeta a maioria dos idosos solitários, porém, é a falta do que fazer e a depressão, que se confunde com a ansiedade e a solidão, por isso a insistência em obrigações diárias e que ocupem o tempo.

“Levantar e sentar de uma cadeira, esticando os braços para cima a cada movimento, que deve ser repetido 20 vezes é um bom exercício”, diz o ortopedista, como percorrer 20 vezes a maior distância possível dentro do apartamento, mesmo que seja um corredor, também é importante.

A leitura ou fazer ‘palavras cruzadas’ também ajuda a ocupar o tempo, continua o médico, mas muito importante é o contato social pelo telefone com os filhos ou netos. Uma conversa prolongada, embora cansativa para quem ouve o idoso falar, é importante para a saúde mental do velhinho. Ele também deve ser incentivado a trocar mensagens pela Internet com os amigos e acompanhar programas diários na TV, seja novela, seja telejornal.

Também segundo a SBOT, há gente mque pergunta se não é melhor que a cama, as cadeiras e o vaso sanitário sejam mais baixos para o idoso, e a realidade é que, ao contrário, devem ser mais altos que o normal, para permitir que, sentado, o idoso mantenha as pernas em 90º ou quase isso.

“A altura ideal para o idoso sentar é de uma cadeira”, diz Lindomar. “Um sofá macio onde o idoso afunda pode parecer cômodo, mas torna muito mais difícil o ato de levantar”. Também a altura normal do vaso sanitário não é prática e no comércio existem suportes de assento que permitem que a perna fique dobrada em 90º, enquanto na cama a orientação é não levantar de frente, mas rolar para ficar de lado e, depois de sentar, esperar um pouco para levantar para evitar a tontura (hipotensão postural) que pode ocorrer com um movimento brusco.

Para vencer o tédio que pode levar à depressão, nada melhor que uma programação escrita do dia a dia, por exemplo banho, café, exercício, telefonar para os amigos, ver as notícias na Internet, meia hora de leitura, a Bíblia, por exemplo, almoço, soneca, banho de sol, palavras cruzadas, jantar, novela, telejornal e cama, recomenda o médico.

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